sexta-feira, 9 de março de 2012

"Acessibilidade e padronização nas calçadas."



Previna-se das irregularidades


Ao reformar ou construir calçadas é importante se adequar às normas, observando dimensões e materiais permitidos por lei para garantir acessibilidade ao passeio público.

Em todo o país existem decretos e leis municipais que regulamentam a padronização de calçadas. Há certas diferenças entre eles, porém todos determinam que o passeio público deve oferecer trafegabilidade, manutenção fácil, qualidade urbana e acessibilidade para deficientes. Caso a calçada esteja irregular, o proprietário e até mesmo o inquilino podem ser multados. Em São Paulo, por exemplo, tanto faz se a calçada só está fora do padrão em apenas um trecho. A multa é aplicada sobre sua extensão total e custa R$ 300 por metro linear. "Essa medida tem como meta conscientizar a população. Ter uma calçada bem cuidada e que ajude na locomoção de todos é uma das maneiras encontradas para tornar a cidade um espaço acolhedor", define a arquiteta Carla Dichy.

 
 Calçada em concreto em frente a uma praça: nesse caso, a faixa de acesso é dispensável.



Para não correr risco de ser autuado, é preciso levar em consideração que calçadas devem ser "divididas" em três faixas: livre, de serviço e de acesso. Porém, há algo que causa ainda mais dúvidas entre os proprietários. Afinal, quais são os materiais e acabamentos permitidos na construção de uma calçada que respeite o desenho universal? A resposta é simples. Por isso, a seguir, tome nota de dicas e sugestões que auxiliarão na construção de calçamentos padronizados e esteticamente bonitos.

Calçada em placa pré-moldada fixa não permite que manutenções sejam realizadas apenas com o desencaixe das peças.



Materiais permitidos


Segundo as normas atuais, quatro revestimentos são aceitos em calçadas: pisos intertravados, hidráulicos, placas de concreto e concreto moldado in loco.

Pavimento intertravado: é um piso antiderrapante constituído de blocos de concreto pré-fabricados, assentados sobre colchão de areia, travados por contenção lateral e atrito entre as peças. Destaca-se por oferecer variada gama de cores e formatos. Na hora da reforma, basta remover as peças, que podem ser reaproveitadas. Caso a peça se danifique, basta a substituição do bloco avariado. É um calçamento permeável e que pode ser instalado de maneira drenante. Após a colocação, a liberação ao tráfego é instantânea.


Preço: R$ 1 o bloco.

Placas pré-moldadas de concreto: essas placas de concreto podem ser fixas ou removíveis.

Pré-fabricadas, seu acabamento conta com diversidade de texturas e cores. No que diz respeito às intervenções e obras nas calçadas, as placas removíveis levam vantagem, pois podem ser retiradas com saca-placas e reaproveitadas - sem contar que são também permeáveis.


Nas placas fixas, a drenagem deve ser requisitada no momento da elaboração de projeto.

"Indico que o proprietário opte sempre pelo modelo removível. Senão, quando concessionárias realizarem obras em sua casa, ele terá de remendar a calçada. Na questão estética, não é algo recomendável", comenta Silvio Soares Macedo, professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP. Preço: varia de acordo com cada projeto.

Ladrilho hidráulico: esse revestimento é rico em texturas, cores e estampas. Resistente, ele é assentado com argamassa sobre base de concreto. Contudo, não é permeável e ainda necessita de troca de peça, caso sejam efetuados reparos. Preço: R$ 25 o m².

Concreto: essa opção pode receber como acabamento o estilo "vassourado" ou as belas estampas coloridas. Nesse último caso, ferramentas adequadas reproduzem cores e texturas variadas sobre o concreto. Caso necessite de reparos, o piso é recortado de acordo com seus módulos e refeito no local. Com superfície antiderrapante, o concreto oferece drenagem apenas superficial. Preço: varia de acordo com cada projeto.

Para orientar pessoas com deficiência visual, é importante também colocar piso tátil de alerta e direcional. Dessa forma, é possível garantir autonomia e segurança para que as pessoas possam circular pelas calçadas. Cada placa custa em média R$ 4.



Calçada construída em concreto e com as faixas de acesso, serviço e livre perfeitamente delimitadas.

Além de apresentar inclinação correta e de prever a acessibilidade, o passeio público inclui o verde,com plantação de grama.

Fuja dos erros



Mosaico português e pedra miracema são dois materiais muito utilizados no revestimento de calçadas.

Porém, em alguns lugares eles são proibidos.

O primeiro por ser escorregadio, e a miracema, por conta da superfície irregular.

Portanto, caso sua calçada tenha esses belos e tradicionais materiais como revestimento, é indicado

que haja substituição o quanto antes. "Mas devo ressaltar que, no Rio de Janeiro, por exemplo, o

mosaico português continua permitido. Aliás, ele é utilizado em toda a orla da cidade.

A escolha é justa, pois é um material de fácil substituição e instalação.

Contudo, em São Paulo, ele está proibido", destaca Silvio Macedo.

Faixas obrigatórias

Os 1,90 m das calçadas devem estar distribuídos em três faixas.

Faixa de serviço: é a que fica rente à rua e deve ter largura mínima de 75 cm.
É nela que devem ser instalados postes, hidrantes, árvores, orelhões, pontos de ônibus, rampas
de acesso para veículos ou portadores de deficiência, sinalização de trânsito e mobiliário urbano.
Inclinação máxima de 8,33%.

Faixa livre: com largura mínima de 1,20 m, é destinada à circulação de pedestres e cadeirantes.
Portanto, deve ser livre de desníveis, obstáculos físicos e vegetação. Inclinação máxima de 2%.

Faixa de acesso: sem largura mínima definida, deve facilitar a entrada nos imóveis.
É a área situada próximo a acessos como portas e portões. Inclinação máxima de 8,33%.
Caso sua calçada tenha menos de 1,90 m, consulte um técnico da prefeitura local para saber como
deve dividir o passeio em três faixas.

Área verde

Em algumas cidades, a plantação de árvores é um direito que apenas a prefeitura tem.
Portanto, consulte o órgão competente antes de arborizar a frente de sua casa.
Caso você queira ajardinar o passeio público, é permitido, mas desde que não haja grande fluxo de
pedestres na região. Faixas ajardinadas e plantações de arbustos, além de embelezarem as calçadas,
ajudam a drenar a água em dias de chuva. As plantas dessas áreas, contudo, não podem invadir a
faixa livre, possuir espinhos nem obstruir a visão ou a mobilidade dos pedestres. "É preciso cuidado ao
implantar faixas verdes, para que elas não se tornem "armadilhas" no desembarque de automóveis.
Por isso, indica-se a construção de jardins na área de acesso aos imóveis, longe das ruas", aponta a
putada federal Mara Gabrilli, autora do Plano Emergencial de Calçadas em São Paulo.

Inclinação da rua

A inclinação da calçada deve acompanhar a da rua, tanto na transversal como na longitudinal. Não é
permitido que existam degraus ou desníveis entre um imóvel e outro. A solução para o problema desse
tipo de calçadas situadas em ruas íngremes deve ser encontrada em conjunto com os vizinhos, pois, se
os imóveis fizerem reformas separadamente, a unidade do passeio fica comprometida. "Se a rua não tem
degrau, a calçada também não deve ter.
Ela precisa ser parte integrante do leito carroçável", detalha Mara Gabrilli.




Projetos de calçada em placa pré-moldada fixa: esse material é diversificado em acabamentos e cores.




Infográfico: Ligia Duque


Previna-se das irregularidades.
Texto: Helder Maldonado Fotos: Luciano Piva Infográfico: Ligia Duque
Revista Casa e construção.


Arquitetura .


Para o bem de todos.



Com menos paredes, o novo layout do lar garante espaço e dinâmica à família

Por Tais Mello

Fotos Rodrigo Ramirez



POR UM NOVO VISUAL

A fachada anterior era acanhada e incluia o acesso à garagem no subsolo. Reformulada, ela tem linhas arquitetônicas retas, visual limpo e moderno


Fotos Rodrigo Ramirez
Somente uma transformação ampla e cuidadosa poderia resolver de forma eficiente todos os problemas construtivos - elétrica e hidráulica - existentes neste imóvel localizado em Curitiba (PR). Mas não era só isso. Os proprietários pediram à arquiteta Karen Godoy a integração da maioria dos ambientes, deixando a morada menos compartimentada e mais ampla. "Era preciso otimizar os espaços para ganhar novos ambientes", conta a profissional. A solução foi eliminar paredes e unir dois ou mais espaços de forma racional e confortável, deixando-os mais acessíveis aos moradores.










PLANO
Uma casa com sérios problemas estruturais exige uma estratégia minuciosa de recuperação. "Por isso fizemos um estudo para identificar falhas nas estruturas do telhado e do piso, que estava cedendo, e até infiltrações recorrentes. Então, aproveitamos a necessidade urgente 
de uma grande obra para melhorar o layout, eliminando algumas paredes", diz Karen. Revestimentos e pisos foram trocados, apenas os da área externa e do banheiro social permaneceram.
Fotos Rodrigo Ramirez
Transformação radical na fachada com ampliação de área construída. Houve ainda alteração de estilo e uma troca de acabamentos


Ganho de metragem.


Fotos Rodrigo Ramirez










PROBLEMA
"Um dos maiores desafios foi resolver a falta de espaço para carros na garagem.
Era preciso adaptá-la para acomodar desde um veículo pequeno até um de grande porte.
Mas a área impossibilitava a reforma. A rampa era muito inclinada, o pé-direito baixo e só
 era possível abrir as portas do veículo por um dos lados", conta Karen.

A solução foi abrir mão da garagem no subsolo e utilizar o recuo do prédio para abrigar
os carros. "Com isso projetamos três vagas de estacionamento em vez de uma", diz.



Fotos Rodrigo Ramirez
Ao ser integrada à copa, a cozinha cresceu, mas sem perder a privacidade.                                                                           Amplas janelas proporcionam luminosidade

Fotos Rodrigo Ramirez
As salas abertas comunicam-se, criando melhor circulação e ampliando o convívio entre os moradores.
 Diferentes pisos e níveis delimitam os ambientes



Fotos Rodrigo Ramirez


Ganho de metragem

As salas e a cozinha foram reconfiguradas, exigindo reforço estrutural, além da troca de fiação elétrica e readequação hidráulica. O fim das paredes entre esses ambientes permitiu à cozinha abrigar a copa e se aproximar da churrasqueira na sacada", comemora Karen. De forma providencial, a união do jantar e estar melhorou a circulação e o uso dos espaços. "Conseguimos até acrescentar um lavabo", revela a arquiteta.

Fotos Rodrigo Ramirez

BUSCA PELO PROFISSIONAL


Quem encara o desafio de reformar ou construir sabe o quanto é difícil chegar ao arquiteto ideal. Não é apenas uma questão de competência, mas de afinidade e confiança entre as partes. Aqui, a moradora Mirta decidiu confiar na indicação de amigos que já haviam realizado trabalhos de reforma com a arquiteta Karen Godoy e a recomendaram. A estratégia deu certo e a obra transcorreu sem grandes surpresas.

























Fotos Rodrigo Ramirez

Aposte! Na aconchegante sala de TV, a parede recebeu papel 
que imita pedra. Saída acessível e prática

ESCOLHAS
O home theater segue o estilo "cinema em casa", a pedido do avô do proprietário,
que foi dono de um cinema. O conforto é conferido pelos sofás posicionados um atrás do outro.
 "As alturas diferentes, graças a um degrau, criam visão perfeita", explica.

O projeto previa o home isolado, para não vazar som. "A pedido do proprietário, o mantivemos
aberto. Para melhorar a acústica, usamos materiais isolantes como gesso e pedra", conta Karen.


Fotos Rodrigo Ramirez Todo o contrapiso precisou ser refeito. O novo revestimento é porcelanato Portinari, e, na parede, o painel de madeira sob medida abriga a TV


Fotos Rodrigo Ramirez

PLANTA

Fotos Rodrigo Ramirez
Projeto Karen Godoy Arquitetura
Obra Valoral Construções



A alteração de cada ambiente da casa permitiu que a suíte do casal ganhasse um closet e banheiro novos


Texturas e tintas Suvinil Tintas Verginia Pisos Portinari, Portobelo e Durafloor (Fornecedores: Natur Pisos e Balarotti) Pedras Eccostone Papel de parede JVN Products Móveis Inove e Madeirart Marcenaria Objetos decoração Casa Adentro Louças e metais Deca Revestimento Portobelo Balaroti 26 Desafio.indd 26 31/01/2012 17:09:32
http://www.construirmaispormenos.com.br/escm/economia-obra/16/artigo250185-2.asp





Living integrado com a sala de jantar


A inclusão da sala de jantar no espaço do living multiplicou a área útil do ambiente e permitiu que a arquiteta Monique Graja ousasse na decoração.
Com relação ao projeto luminotécnico, foram necessários três tipos de lâmpadas para chegar ao efeito desejado e valorizar cada local de forma correta: dicroicas, incandescentes e o modelo “bolinha”.


Veja o resultado:


Projeto, Monique Granja; projeto luminotécnico, Relumi Iluminação; piso, Portinari; marcenaria, Todeschini; espelhos, Vidro Lopes.
Por Léo Marques | Fotos Divulgação | Adaptação Oscar Neto

A arquiteta Monique Granja usou circuitos de iluminação distribuídos acima do sofá e nos nichos verticais que separam o living da sala de jantar. A iluminação também foi embutida no teto rebaixado do corredor, sobre o aparador, a mesa de jantar e a bancada da cozinha americana. Os espelhos nas duas laterais da sala de jantar, aumentam a sensação de luminosidade dão amplitude ao espaço.
Via:




quarta-feira, 7 de março de 2012

Dicas para projetos de salas pequenas

Olá meninas(os)mais um cantinho que amei...

                               
      Beijos.                                  

Via

Banheiros pequenos.


Por Pauline Meiwald | Foto Divulgação | Adaptação Oscar Neto
Com uma cuba do mesmo material da bancada, Priscila Buccelli pôde ganhar alguns centímetros na largura do tampo e aproveitar melhor o projeto de banheiro pequeno  de 3,8 m². A lateral do vaso sanitário, atrás da porta, foi aproveitada com uma estrutura para guardar mais objetos.

DICAS DO ARQUITETOQuais são as medidas mínimas...
...em frente ao vaso sanitário?Geralmente, o espaço mínimo entre um vaso sanitário e uma parede ou qualquer outro elemento é de 55 cm, para que haja espaço suficiente para a circulação.
... da porta?
O padrão mínimo é de 72 cm de vão, no qual cabem 62 cm da folha da porta, mais os batentes.
... da bancada da pia?A profundidade do tampo depende da cuba escolhida, pois temos de considerar se a torneira vai no tampo, ocupando
mais 7 cm, ou na própria cuba, acrescentando-se ainda o frontão e a frente. Normalmente, varia-se entre 45 e 55 cm. Uma outra saída é fazer a cuba da própria pedra da bancada, com o tamanho que desejar.
... para as torneiras?As torneiras de parede têm comprimento padrão entre 20 e 22 cm. Se a profundidade for muito pequena e o centro da cuba estiver próximo demais da parede, opte por torneiras com 13 cm.
... da porta do box?Normalmente, as portas de correr têm 50 cm de largura para passagem de 45 cm, no mínimo. Caso o box precise
ser menor, encomende a porta de abrir ou uma tipo sanfonada.







Aqui, o cantinho atrás da porta foi aproveitado com alvenaria e marcenaria para esconder o aquecedor e abrigar nichos. Há um gavetão para roupas sujas.




http://www.portaldecoracao.com.br

Veja também

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